quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Pérolas do Futebol

Estas famosas frases de jogadores de futebol são para o seu "enriquecimento cultural".

(Claudiomiro, ex-jogador do Internacional/RS, ao chegar em Belém do Pará)
"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Jesus Cristo nasceu"


(Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)
"Nem que eu tivesse dois pulmões, eu alcançava essa bola".


(Fabão, zagueiro baiano, ao chegar para jogar no Flamengo)
"A partir de agora, meu coração tem uma cor só: rubro-negro".

(Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos)
"No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente, de quinze em quinze dias".

(Jardel, ex-atacante do Vasco e do Grêmio, atualmente no Galatasaray, da Turquia)
"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe".

(Outra do Jardel, referindo-se aos Toyotas e Mitsubishis)
"Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado!"

(João Pinto, jogador do Benfica, de Portugal).
"O meu clube estava na beira do precipício, mas tomou a decisão correta: deu um passo a frente".


(Josimar, ex-lateral direito do Botafogo, ao responder sobre o que iria fazer com o motoradio que ganhou como o melhor em campo)
"A moto eu vou vender e o rádio eu vou dar para a minha tia".


(Vicente Mateus, ex-presidente do Corinthians)
"Jogador tem que ser como pato, que é um bicho aquático e gramático".

(Outra do eterno presidente do Corinthians, Vicente Mateus)
"O difícil como vocês sabem, não é fácil".


(Vladimir, ex-jogador do Corinthians, em entrevista à Rádio Record)
"Eu disconcordo com o que você disse".

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

6 meses de seca no Taboão

Ali em Taboão da Serra, perto do Campo Limpo, zona sul d São Pailo, tem a rapaziada do C.A. Águia Negra. Os caras sofriam com a falta de vitórias. Na verdade desde que fundaram o time, em outubro de 2005, o pessoal não arrastava um cidadão pra torcida, porque a equipe não vencia uma! Mas o futebol você sabe né... ah futebol.
Deixa que o Luiz, o Negão conta como foi o dia inesquecível.
Time do Águia Negra tirada por Luiz, por isso não saiu na foto
"A nossa primeira vitória foi em um festival. Foi no dia 24 de abril de 2006. Valia trofeu e tudo. Vencemos por 5 a 3. Foram dois do meia direita chamado Fernandinho. Sendo deles uma bicicleta fenomenal. Dois do atacante Mika. E um do Eduardinho, o outro atacante. São seis meses de seca né?"
É Luizão, foram seis meses, ainda bem. Coisas do futebol, coisas da várzea.
Depois do aperto, confiança de sobra:
"Muito mais vitórias do que derrotas. Temos dois campeonatos confirmados para 2008. A Taça Brahma de Futebol de Várzea e a Seletiva de Taboão da Serra, pra subir para a Segunda Divisão. Ano passado, chegamos até à segunda fase."
E vamos que vamos!

Piada da várzea

A certa altura um dos jogadores vai cobrar um escanteio e o gandula, muito sacana, coloca uma pedra no lugar da bola.

O cobrador do escanteio toma distância, corre e pimba! .. Mete uma bicuda na bola, ou melhor, na pedra. Cai no chão, começa a gemer, mas logo está dando gargalhadas.

O gandula, indignado, pergunta:
- Você acabou de quebrar o pé, chutando a pedra! Posso saber do que está rindo?

- Hahaha! Tô rindo daquele CRETINO que fez o gol de cabeça!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Atividades suspensas! Motivo: a bola furou

Agora há pouco, estava conversando pela internet com Livio, de Piauí. Ele me contou uma que mesmo tão simples, comecei a rir sem parar. Foi lá em Taquari, periferia de Teresina.

Pra não estender demais, segue a conversa:

Livio
- E ai irmao! Na paz?

Diego
- Opa.. sim sim. E como vão as coisas mais próximas da linha do Equador?

Livio
- Quentes!

Diego
- (risos) Mas e aí cara, alguma nova na várzea?

Livio
- Rapaz.. galera tá parada. A bola furou. (risos)
ATIVIDADES SUSPENSAS!
Motivo: a bola furou!


Diego
- E quem furou a bola? Se sabe?


Livio
- (muitos risos) Como o campo nao é lá essas coisas, devia ter algum toco pontudo.. ou prego... coisa do tipo.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Atleta de Deus: o comentário que vira postagem

Todos atletas sonham em ser um grande jogador de futebol e eu não sou diferente. Pra chegar no topo precisamos ter humildade e ter força de vontade em crescer.


Fico feliz por ter escolhido esse caminho e fico grato ao Senhor Jesus Cristo por esse dom. Agora é trabalhar com sinceridade e muita força de vontade em querer vencer na vida e a minha hora está chegando.



Foto retirada de perfil no orkut

Lembro em um dia que coloquei na minha cabeça que não iria mais jogar futebol, pois queria trabalhar pra ter dinheiro e pode sair no final de semana. Fiquei um tempo sem jogar, comecei a fumar e fazer coisas erradas, me afundando por longos dias.


Minha família toda era da igreja e eu só fazia essas coisas. Um belo dia fui na igreja e me dei conta das coisas que estava fazendo nesse mundo e que não era do agrado de Deus. Aceitei a Jesus Cristo como meu Salvador e me batizei.


Hoje estou na igreja, mudei perfeitamente e estou com o pensamento de crescer a cada dia mais e mais. Agradeço a Deus por me dar força e estar aqui nesse momento para poder falar que em breve estarei jogando em um grande clube.


Estou vivendo pela fé e creio que Deus vai me Honrar , aliás ele é fiél.

Que Deus possa abençoar a cada pessoa, crianças, jovens e adultos.


Amém ...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Parabéns São Paulo, uma cidade varzeana

Hoje a cidade de São Paulo faz 454 anos. O que dizer da cidade em relação à várzea? Muita coisa!

A primeira coisa a lembrar é sobre o desenvolvimento de Sampa, a maior cidade da América Latina. A coisa começou a aumentar na década de 30. Uma tal revolução industrial na Inglaterra influenciava o mundo todo. Naquela época, dizem histórias, existiam em média 1000 (mil) campos só na região central da cidade. Já pensou? Campo demais. Você chutava da sua área pra isolar e marcava gol no gol do outro campo sem querer, é mole?

Até a década de 1940 não havia estádio de futebol em São Paulo.

Já não há campos de várzea e as crianças disputam a rua com os carros e os pedestres

Nas lembranças do sr. Amadeu, italiano nascido no Brás, a região de várzea da cidade foi totalmente transformada em campos de futebol. Diz ele:
“Comecei a jogar futebol com nove anos. Naquele tempo tinha mais de mil campos de várzea. Na Vila Maria, no Canindé, na Várzea do Glicério, cada um tinha mais ou menos cinqüenta campos de futebol. Penha, pode pôr cinqüenta campos. Barra Funda, Lapa, entre vinte e vinte e cinco campos.

Na íntegra: http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-4_estadio_pacaembu.asp

Começou então a invasão industrial. Imagine só! Você, louco pra montar sua empresa e cheio de campo de terra, retinho, aterrado, pronto pra dali, subir uma fábrica. Já era campo! Não teve jeito. A expeculação imobiliária foi boa pro desenvolvimento, mas foi uma das responsáveis pelo subdesenvolvimento do futebol de várzea.

Ainda restam campos de várzea e neles a rapaziada desfruta bons momentos de lazer

Parabéns cidade de São Paulo, mas pare de lutar contra o futebol varzeano. Pode ser?

Menino-Homem

A Várzea também inspira. Na mesma visita ao pessoal da Vila Guarani, uma das pessoas que estavam na mesa, em certo ponto da conversa, começou a conversar com a gente de canto. Vim pensando em tudo que ele disse. E decidi fazer este texto.

Menino-Homem

Quando chegamos a conversa era para outros fins. Mas ganhou tal direção que não conseguiríamos fugir daquilo. Lá pela tantas, virou pra nós um menino-homem e começou: eu tive vida sofrida, sabe?!? Mas a aproveitei bem. Conheço cada canto desta cidade e, graças ao meu amor pelo futebol e pelo samba, as pessoas me conhecem aonde chego. Isso ninguém nunca tira de mim. E nem podem tirar.
Um silêncio tomou conta da mesa, onde se aglomeravam umas 10 pessoas. A minha posição de atenção foi acionada; mão no queixo. E ele continuou.
- Tive filhos muito cedo. Nem deu tempo direito de curtir a vida. Hoje são quatro. Quatro, garotada. Sabem o que significa isso? Significa numa casa pequena seis bocas pra alimentar. Se pedi coisas pros outros? Pedi sim. E ouvi: não quis fazer quatro filhos, agora queira alimentá-las também. O meu irmão é quase oito anos mais novo que eu e já está acabando a faculdade. Vai ganhar dinheiro e nem tem filhos pra sustentar. Nem casa pra gastar. E eu aqui, no bar, num sábado à tarde.
O silêncio se fez ao redor nesta parte do monólogo. Com uma concentração mínima, poderia se ouvir os mosquitos que insistiam dividir um tira-gosto posto à mesa. Continuou.
- Sabe o quanto é difícil ver tua filha perguntar se vai ganhar uma mochila nova pra escolinha, enquanto você tenta imaginar como vai fazer pra comprar tudo que precisa pra casa naquele mês? Difícil. Dói. Dói de uma forma que ninguém, além de quem já passou, sente. Fome, graças a Deus, nunca passaram. Nem passarão. Nem que preciso for trabalhar dias e dias sem dormir.
O silêncio prossegue. Os olhos daquele quase menino marejam. Mas forte, tal qual como a vida sempre lhe ensinou, não perde para a lágrima que insiste cair. “Já venci tantas partidas por aí. Não perderia para a emoção”, deveria estar pensando. Ele abaixou a cabeça. Firmou o olhar no chão e levantou-se de uma só vez.
- Mas eu não posso desistir. Vendo vocês eu não posso desistir. Vocês são tão novos e estão no pique e eu já me dando como derrotado? Não dá. Eu vou vencer isso tudo. Vou conseguir tudo que eu quero tendo que alimentar, vestir e educar os meus filhos. Isto nunca será um problema para mim. Pelo contrário, eles me dão é muita força. Já vou começar a estudar. Sabe, vou fazer aquele esquema de acabar o ensino médio em pouco tempo. Junto vou fazer computação e inglês. Daqui a uns dois anos eu começo um curso de música. Vou ser um músico profissional. Vocês vão ver.
O silêncio não durou mais que três segundos, mas pareceu um tempo maior. Em silêncio, o menino-homem que acabara de passar dos 30 anos de idade levantou discretamente. Num carro que acabara de parar, acenava insistentemente um senhor. O chamado foi respondido rapidamente e, com um tchau de quem diz “vou ali e já volto”, lá se foi o menino-homem. De chuteira na mão. Alguns sonhos na cabeça. E uma tarde inteira de sábado para, de novo, voltar ser somente menino.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pára! Tô ficando apaixonado!

Cid Barboza, jornalista na Rádio Capital e um dos personagens do documentário Contos da Várzea. Antes de dedicar uma postagem só sobre esse grande cara, separamos e filmamos um de seus contos da rapaziada da Vila Guarani, zona sul de São Paulo.

A equipe se preparava na preleção do jogo no vestiário. Você como é né? Todos concentrados. Preocupados. Com atenções voltadas para a difícil partida que estava por vim.

Com a palavra, o respeitado e experiente Vavá. Esse falava com emoção. Vavá conseguia tirar a empolgação da terra. "Vamos lá, time!" E o time ficava numa mistura de nervosismo, ansiedade e confiança. Concentração que durou pouco quando falou do centroavante adversário.

- Pessoal, só mais uma coisa! - e todos de cabeça baixa. - A gente precisa tomar cuidado com um centroavante dos caras. Um negão alto. O cara é forte. Peito inchado. Boa impulsão. Coxa grossa...

PÁRA PÁRA PÁRA VAVÁ POR FAVOR!!

Cid, esperado pelos companheiros, interrompoeu brucamente.

PÁRA VAVÁ, SE NÃO EU VOU FICAR APAIXONADO!

Pronto. Toda aquela concentração e empolgação tirada da terra, caiu por ela de novo. Risadas, gargalhadas e assim, em alto astral, foram pro jogo.

Cid Barboza vos conta!

"Transmissões Futebolistas" - Capítulo 4

Chegamos ao último capítulo do dia em que uma fotógrafa se aventurar no lamaçal dos campos. Imagine!

Anna (com dois "ns") trabalhou neste último São Paulo Fashion Week. Um dia, esteve no terrão, fotografando os marmanjos. Noutro, de olhos para encher de flashs das modelos gatíssimas na passarela.

Isso é contos da várzea!


“TRANSMISSÕES FUTEBOLISTAS”
Capítulo 3


Por Anna Carolina Negri


J. Alves baixou o tom de voz para falar sobre o momento mais difícil que passou. Disse que não poderia dizer o nome da cidade, já que todos saberiam quem fez isso. “A torcida fazia muita bagunça e atrapalhava a transmissão da equipe que estava no meio dela. Fui conversar com um cara que estava ali e, de repente, me vi fora do chão. Ele era o traficante da região, me levantou pela gola da camisa e olhou fundo nos meus olhos, até que ouvi alguém gritar: ‘Tá limpo, é o cara da rádio’ e ele me soltou. Tremi de medo, mas consegui fazer um acordo. Ele pegou o microfone e falou tudo o que quis sobre os políticos da região. Em troca, conseguimos paz para continuar o nosso trabalho”.



Na várzea se vêem poucos policiais, quando existe algum por ali. Não há divisão de torcida nem preconceito e “o churrasco é de lei”. No final dos jogos, o time da casa convida todos que estão no campo para comer um ‘gatinho’, sejam eles adversários ou familiares. E ai de quem negar.
J. Alves define a várzea como “uma coisa maluca, bem diferente do profissional. Eles correm atrás da bola como se aquilo dependesse da vida deles. A várzea é muito melhor. Quem está lá está porque gosta. Eles brigam para jogar” e ele para transmitir, já que ao ser questionado da possibilidade de ter que parar com seu trabalho, o analista após deixar fugir o olhar para o teto e se silenciar respondeu: “Eu vou dar um jeito de fazer, nem que seja com uma latinha e um fio”.

Anna, a equipe G8 agradece sua colaboração! Apareça por aqui hein!


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http://www.acnegri.blogspot.com/

domingo, 20 de janeiro de 2008

"Transmissões Futebolistas" - Capítulo 3

“TRANSMISSÕES FUTEBOLISTAS”

Capítulo 3
Por Anna Carolina Negri
“Muitas vezes vamos transmitir um jogo num lugar onde não há espaço para nós. Então, subimos num telhado qualquer ou em algum lugar onde dá para ver o jogo. A narração é feita de lá há metros de distância do campo. Isso não é problema, pois é a nossa mania”. O trabalho nos campos de várzea são repletos de histórias e desafios constantes que parecem apenas incentivar a equipe da rádio.
J. Alves enfatiza que não é fácil trabalhar. Por outro lado, a equipe tem um apoio maior já que todos ajudam e os ouvintes estão logo ali. A comunidade se mobiliza para ajudar. “Ali você não é mais um, você é da rádio!”. Se o jogo acontece numa região muito pobre onde não existe linha telefônica, os moradores fazem ‘vaquinha’ para pagar uma espécie de aluguel da linha de alguém para que seja possível a transmissão. No entanto, nem tudo é tão fácil.


Os olhos se arregalam. As mãos vão em direção aos cabelos e a cabeça é jogada para trás levando o olhar ao teto. “Na várzea é o bumba meu boi”. A falta de estrutura permite que eles tomem chuva na cabeça e bolada na cara, mas enquanto uns jogam, eles driblam algo mais complicado do que a bola. Os jogadores e a torcida. As agressões entre torcedores são constantes e intensas. Durante os jogos todos se xingam muito, independente de quem estiver ali.
Todos são iguais no campo, seja ele traficante ou pai de família. “Eles jogam como se fosse final de campeonato. Correm, brigam pela bola, mesmo com os campos cheios de buracos. Os jogadores se arrebentam e nem ganham para isso, pelo contrário, muitas vezes pagam pelo campo e uniforme”. Mas isso não importa, já que eles estão ali por amor e prazer. “Tem cara que trabalha a madrugada toda, sai do trabalho e vem direto para o campo”.
Próximo e último capítulo e próxima foto nesta terça, dia 22.
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

"Transmissões Futebolistas" - Capítulo 2

“TRANSMISSÕES FUTEBOLISTAS”
Capítulo 2

Por Anna Carolina Negri

Curioso ao achar uma rádio pirata que transmitia jogos de futebol aos domingos pela manhã, o analista ligou para parabenizar os responsáveis pela realização do programa e recebeu o convite para fazer parte da equipe. Foi o início dos próximos dez anos que se seguiriam na coordenação de equipes de profissionais que, assim como ele, trabalhavam apenas por amor ao que faziam.

Em 2001, ele e os companheiros fundaram o STI (Sistema de Transmissão Integrada) que hoje é, segundo ele, uma das maiores equipes de rádio independente do mundo. Chega a compor um grupo com cerca de 60 voluntários. Entretanto, dados não fazem da rádio algo grande, mas sim um trabalho bem sucedido. O site da STI conta com artigos de colunistas que escrevem sobre futebol e as transmissões dos jogos não passam em freqüências radiofônicas, mas num link do que eles chamam de Web Rádio, feitas via NEXTEL, linha telefônica ligada a cabos improvisados por moradores da região onde acontecem os jogos, ou LP (Linha Privada). “Não importa como, o importante é transmitir, nem que seja só para quem está assistindo e ouve pelo alto-falante”. O improviso é constante...

Próximo capítulo e próximas fotos neste domingo, dia 20.

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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"Transmissões Futebolistas" - Capítulo 1

Anna Carol Negri - Anna, assim mesmo, com dois "Ns" - jornalista... ops... fotojornalista... resolveu se enfiar nos terrões para mais um longo dia de trabalho. E conseguiu. Tirou fotos (que seguem). E se sujou. Muito!

Chutavam a bola e... "Cuidado com a moça aê rapá"... "Desculpa aí hein, moça". Moça valente que saiu laranja. Levou bolada na cara e tudo. Tudo pela profissão. E caiu aqui, em mais um conto.


“TRANSMISSÕES FUTEBOLISTAS”
Capítulo 1

Por Anna Carolina Negri

“Era coisa de família”. Ele dormia e acordava ouvindo rádio desde criança. José Alves dos Santos, o J. Alves, é analista de sistemas de segunda a sexta e, aos finais de semana, coloca o ‘vício’ em prática, é diretor e proprietário de uma rádio comunitária que faz transmissão de jogos de futebol amador na região do Grande ABC. Chiados via NEXTEL, subir no telhado de barracos em favelas e se ver no meio de brigas entre traficantes já fazem parte das histórias que as transmissões trouxeram para a vida de Jota...
Próximo capítulo e próximas fotos nesta quinta, dia 17.
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domingo, 13 de janeiro de 2008

Psicológico ganha jogo sim!

Ontém reencontrei os velhos e bons amigos da várzea. Ah que saudades da mesa de bar, daquele papo boleiro. Saudade da loirinha gelada que ajuda a refrescar a "cuca" e relembrar célebres histórias. Idéia vai e idéia vem, eis que que surge o velho lobo Oswaldo. Oswaldo é uma espécie de professor pardal da Várzea. Melhor. Uma mescla com relampejos de Luxemburgo e Muricy do terrão. Saudoso, sorriso sempre aberto, seus óculos dão um tom de seriedade ao seu status de "professor" da bola no bairro. Certo momento não me contive e emendei sem vacilar. "Conte aquela lá". "Claro garoto", respondeu empolgado com o interesse. Lá vai:

Foi lá no Parque Arariba (Zona Sul) que o bicho pegou. Éramos um grande time aqui do bairro, mas estávamos apenas no começo. Quase ninguém conhecia. Fomos chamados para jogar contra o time local. Quando estava marcando o jogo com o técnico adversário senti na pele a arrogãncia do cara. "Traz um time bom. Se não trouxer vai ficar feio, pois o nosso time é imbatível", provocou. Como eu nunca fui de engolir intimidações retruquei. "O que o seu time tem que os outros não tem?". "Só tem profissional meu amigo", respondeu olhando com pena para os meus jogadores de uniforme surrado. Resolvi entrar no jogo psicológico dele e tratei de ironizar. "Meu time também só tem profissional. Meu goleiro é operador de máquina, aquele zagueiro e o volante são carpinteiros e o centroavante faz um hot dog sem igual no Largo Treze". Furioso o sujeito exclamou. "Vamos ao jogo".

Um jogo tenso, zero a zero nervoso. Percebi que um dos zagueiros do time adversário insistia no chutão para frente. O pior é que nada passava. O cara era intrasponível. Vou mexer com esse sujeito, pensei. Certa altura do jogo a bola subiu e veio em minha direção. Levantei-me do banco de reservas, matei a bola no peito e coloquei-a no chão com a classe de um cavalheiro inglês. Olhei para o zagueiro com desprezo. "Aprende comigo".

E não é que tentou? O lance que decidiu a partida ocorreu quando o volante do meu time errou um lançamento. A bola foi em direção ao zagueirão. Lá vem mais um chutão, pensei. Mas o cidadão era orgulhoso demais para não arriscar. Para a minha surpresa o brucutu estufou o peito como um gavião imponente para amortecer a bola. Mas a classe não era seu forte. Bola espirrada no pé do atacante e.um a zero no placar. No banco eu chorando de dar risada. Aproveitei o momento. "Não aprendeu nada né?". Desmoralizado o zagueiro sumiu do jogo e meu time goleou: quatro a um no placar.

Desse jogo só levo uma lembrança ruím. Certo da vitória, o time adversário armou uma festa com direito a cerveja e churrasco a valer, após o jogo. Como nem tudo é perfeito e nem todo mundo sabe perder, a festa foi cancelada e nós fomos hostilizados como jamais ocorreu em outro campo. Resultado: saímos sem provar o paladar da carne e o aroma da cerveja, mas saboreamos como nunca o gostinho da vitória sobre a soberba.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Jogo de sábado não dá! Eu trabalho pô!

Aconteceu nas oitavas de final dos Jogos da Cidade 2007 na cidade de São Paulo.

Distintivo do XIII de Junho FC Futebol e Samba

O time XIII de Junho, do bairro do Jaraguá, eliminou o R8 Monte Alegre, da rapaziada de Pirituba, com duas vitórias por 1 a 0. Detalhe, no primeiro jogo com 9 jogadores. Por quê? Uns trabalhavam de sábado e não puderam completar o time. Alex, o Lequinha, garantiu a vitória do XIII.

E olha o bandeirão

Expulsão do primeiro jogo e, no segundo, entraram 8 em campo. Sete na linha e o goleiro. Dessa vez, Diego (que não sou eu) fez o único e da classificação da turma do Jaraguá, time do presidente sr. Antonio Camilo, mais conhecido como Camilo.
E por que XIII de Junho?
O próprio meia do time (que já se virou até como técnico) Silvio Leandro explica:

Silvio levanta a primeira Taça do XIII

13 de junho é a data da fundação do time e dia da estréia da Seleção Brasileira de Futebol na Copa da Alemanha 2006.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

M.P.A começa invicto no Pará

Em Belém-PA, que não é terra de Jesus, a jovem equipe do M.P.A (fundada em 2006) está invicta em 2008.


M.P.A 2007

Retrospecto fera! Cinco jogos, quatro vitórias, um empate. É mole? Apesar de serem cinco pelejas, são apenas duas vítimas. O Comercial e o Monte C., que já arrancou um empate.

Escudo do M.P.A F.C


Primeiro jogo do ano

M.P.A FC 7X0 Comercial
Gols de Adailson (foto ao lado), Jonathan, Werick, Weverton, Éderson e Rafael.

Segundo jogo, o empate
M.P.A FC 5x5 Monte C.
Gols de Leo, Adailton e Rafael

Terceiro jogo, o mesmo adversário, mas dessa vez...
M.P.A FC 6x3 Monte C.
Gols de Weverton, Adailson e Kelven

E o atacante Weverton é só alegria

Quarto jogo
M.P.A FC 4x1 Comercial
Gols de Adailson, Adriano e Rafael

Quinto jogo no ano
M.P.A FC 3x2 Monte C.
Gols de Ian, Adailson e Leandro

E agora? Alguma equipe quebra esse tabu?

sábado, 5 de janeiro de 2008

No Piauí, chegou tarde, tira foto!

Sério, lá em Teresina, na capital do Piauí. Quem garante é Lívio Castello Branco (valeu, hein!), de lá mesmo.

Campo na Praça do 5º Distrito, Teresina-PI

A foto foi tirada por Hildengard Meneses. Isso mesmo! Ele chegou pra jogar, o time estava completo e aí não tinha mais o que fazer, começo a fotografar. Ninguém do time entendeu, já que ele nem tava jogando. Jogador virou fotógrafo?
Fotos: Hildengard Meneses

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A bola rola no terrão

Pré temporada do Arco FC

A partir deste sábado 05/01/2008, vamos realizar 2 jogos no campo da PORTUGUESINHA da VILA MARIANA.

Time Do Arco Primeiro Quadro 2007

ARCO MASTER mesclado com "B" x PORTUGUESINHA MASTER horário do jogo 11h

ARCO "A" mesclado com "B" x PORTUGUESINHA ESPORTE horário do jogo 12h30

Saída bar do SALVADOR , localizado a Rua Miguel Ribeiro 357 - Jd. Consórcio , às 10h

Certo?