
Ainda comemorando o título do 1º Festival de Cinema de Várzea, trago um vídeo da entrega do prêmio e algumas fotos da final, disputada nos gramados do E.C. Estrela D'Alva, clube varzeano do Grajaú, e com enorme espaço no coração deste que vos escreve, visto que, quando fiz minhas primeiras coberturas no terrão, foi lá que comecei a aguçar o ouvido para bons "contos de várzea".
E logo nas primeiras aparições, fui convidado pelo Cris, zagueiro do "Parados", hoje mais conhecido como UTI, do Estrela D'Alva, para, como ele disse: "bater uma bolinha com a gente". Topei no ato, e após a aprovação de Branco e Russão, joguei por mais de seis meses. Consegui até fazer uns golzinhos e colecionei amigos, num ambiente saudável e acolhedor, porém os compromissos profissionais e a distância me afastaram precocemente dos terrões enlameados do "Estrelão". Sim, tomei a liberdade de apelidar o campo do Estrela, de "Estrelão", pela localização geográfica, que traduz literalmente o que é a várzea, já que o campo está numa área seca da represa Billings e a pequena arquibancada nos faz lembrar uma Arena.
Quem conhece o campo sabe que quando chove, adeus futebol. A represa retoma seu espaço e só enxergamos o travessão. O resto fica submerso. Água baixou, bola rolou, caso contrário, semanas se passam para que o lodo seque e permita um jogo de futebol. E quando a paciência é curta, vai assim mesmo. Veja essa foto e o estado que ficamos num domingão pós-chuva que insistimos em jogar.

Kléber e André: lama até o teto e ainda ouviram bronca do técnico "Véio"

Voltando ao título do festival, parabenizo ao Diego Viñas, "formiguinha do terrão", que enxergou a
oportunidade, inscreveu o trabalho e vislumbrou que era possível brigar pelo caneco. Parabéns ao NCA (Núcleo de Comunicação Alternativa) pela importante iniciativa e longa vida às boas ideias.
Taí a resposta de que é possível, basta acreditar!
*Fotos e vídeo: Evandro Barbosa