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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Colecionador de camisas

Essa eu soltei na última edição do Jornal MAIS. Troquei ideia com o Wagnão, do Consideração FS de Campo Grande. Fui lá no Campo do Anhanguera pra conhecer as mais de 80 camisas de times de várzea.
Foto: Diego Viñas

Wagner exibe parte da sua coleção no Campo do Anhanguera, Zona Sul de Sampa




Ele contou que começou a juntar do nada, há dois anos. Troca camisa daqui e dali, acabou juntando uma bela coleção.

- A gente divulga todas as quebradas aqui no bairro. O pessoal me para para perguntar de onde é aquele ou esse time que tô vestindo a camisa. E vice versa, né, mano! Quando eu dou a camisa do meu time, acabo divulgando nossa área nos quatro cantos da cidade - disse Wagner.

Depois de juntar tanta camisa, ele jura que, do time dele, ele só tem uma camisa. É mole?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Exibição no Museu do Futebol

Sábado de manhã, no último dia de julho, o curta Contos da Várzea, de 2007, foi exibido no Museu do Futebol.

Sim, sim, sim! O que foi um suor para apresentar no TCC foi para os telões da maior referência da história do futebol tupiniquim.

Fotos: Renata Fernandes
Renato Rogenski com a camisa do Treme Terra. Eu com a do Botafogo de Guaianases. Rafael Dantas com a do Consideração de Campo Grande

Na plateia, jornalistas, pesquisadores, curiosos e amantes do futebol. Dos diretores do filme, apenas o Tony Marlon não estava porque curtia projetos na Baixada Santista. Mas estava presente em forças positivas.
Um representante de cada estava por lá. Vanessa Guaglianone, Régis Rogenski e Renata Fernandes.
O grupo agradece, de coração, o pessoal do Museu e todos do grupo Memofut, que nos fez esse maravilhoso convite. Estaremos lá sempre que precisarem.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Douglas, o Alemão que esteve na Europa

Fui recebido com muito carinho na casa do Alemão.
Sua mãe, seu pai, irmãos, esposa e até seu filho, Arthur, foram incríveis ao me receberam no lar, em plena quinta-feira a noite.
Foi ali no cairro do Campo Grande, Zona Sul de São Paulo.
Sua mãe, Dona Marlene, disse que sofreu muito quando seu filho estava na Europa:
- Deus me perdoe falar isso, mas eu torci para que não desse certo. Meu filho sofreu muito dos 17 aos 25 anos. Passou fome na Europa. Eu gastava todo meu salário ligando todos os dias para ele na Espanha e Itália. Graças a Deus ele hoje está bem - depoimento épico de Dona Marlene.

E Alemão te conta como foi isso:

sexta-feira, 25 de junho de 2010

É o fim do terrão?

Eu pensei que nunca ia dizer isso. Na coluna desta semana do Jornal MAIS eu resolvi falar sobre esse assunto que tanto me assusta. O fim do terrão!

E não tô falando do fim da várzea, não! Nessa foto, por exemplo, você vê mais uma prédio subindo perto de um campão ali na Zona Sul (campo do Anhanguera). A especulação imobiliária já foi a maior ameaça da várzea. Para mim, deixou de ser. Meu medo agora é o que li esta semana.

Foto: Diego Viñas

Campo do Anhanguera, bairro do Campo Grande, Zona Sul de São Paulo


O prefeito de SP, Gilberto Kassab (DEM) anunciou a reforma de 24 campos e CDCs na capital. Colocar sintético, iluminação e melhorar estrutura, como vestiários e tal. Ótimo!

Maaaaaas... sintético? Para quê? Sintético é tão ruim de jogar num campo tão grande! A bola rola muito, pinga mais. É zoado! Mas antes esse fosse o maior problema. Tem mais. Imagine quanto vai custar para fazer a manutenção desses campos!? "Poi Zé"!!!! Quem vai pagar? "Poi Zé".

Não Sei não, viu, amigos e amigas. Tô meio cabreiro com essa historinha de reformar campos. Bom.. espero, e muito, que isso não prejudique a rapaziada que pratica o futebol aos "domingão".

Pessoal, aliás, vamos ficar esperto com isso tudo aí hein. Lembrem-se que futebol de várzea é, às vezes, a única opção de lazer do bairro. Não vamos deixar o pessoal dominar!


Pronto, falei!

domingo, 20 de junho de 2010

Jogo no dia do Brasil na Copa?

Ah não! Essa foi demais. Amar futebol, várzea, tudo bem! Mas até em dia de jogo do Brasil na Copa? Sim, até em dia de jogo do Brasil na Copa! Olha os figuras aí: de vermelho, o pessoal do Consideração, do Campo Grande; de azul, o time do Anhanguera, de Santo Amaro. Os dois da Zona Sul.

Fotos: sim, yo... Diego Viñas

A situação era a seguinte. O jogo começou atrasado, quase umas 12h30. De lei na várzea fala aí. O problema é que duas horas depois, tinha Brasil na Copa do Mundo contra Costa do Marfim... pô gente! Vale vagas nas oitavas.

Carlos Brito (assistente nº 1 e operador de microfilmagem), Joilson Lino (árbrito e inspetor de alunos) e Raimundo dos Santos (assistente nº 2 e metalúrgico)


Foi aí que o "professor" Joilson resolveu a parada. Vamos terminar o jogo um pouco antes. Nada que fuja do regulamento claro. Mas sabe como é né... a festa tá pronta lá no bairro e ninguém pode perder.


















Um duelo bonito desse não podia acabar. Se liga nas cores. Praticamente um Gre-Nal, um Uruguai e Dinamarca. O jogo foi pegado... curto, mas pegado!

Do lado de fora, moleque soltando pipa verde e amarelo, lógico. Aqui é Brasil, truta! Quer dizer, nem pra todo mundo. Olha o Eduardo Lagartixa usando a chinelera da Argentina. Aí não hein, hermano!

O jogo foi rápido e acabou em 1 x 1. Depois, motores roncando e todo mundo correndo para o churrasco no bar do bairro. E eu fui junto. Claro, churrasco, mano!

Apesar do jogo do Brasil, a várzea não parou. E uma coisa se tornou fato: futebol é futebol em qualquer lugar. Todo mundo assiste, todo mundo torce. Não importa se é profissional, pela TV, no estádio ou no terrão. Futebol é uma magia inexplicavelmente incrível!








Dois diretores comemorando um gol. Mas um, Tadeu, do vermelho Consideração; o outro Paulão, do azul Anhanguera. Como assim? Então era gol do Brasil? Não! Não era! Era o empate do Consideração e um golaço à amizade que reina no futebol de várzea.

Aqui sim, todos comemoram o Luis Fabiano marcar o segundo, de placa, com direito a chapéu, mão na bola e bicudaça no canto. É... incrível!

E como se não bastasse esse banho de magia que tomei durante todo o domingo, Deus ainda me reserva esse pôr do sol, a caminho para a redação do jornal, de onde escreveria essa história para milhares de leitores.

Obrigado a eles, aos varzeanos, à vida!