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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Salve, rapaziada do terrão!

Tenho novidades! Hoje entra no ar a coluna "Quem conta um conto..."

Colocarei no ar as entrevistas colhidas por mim (Rafael Dantas) e meu amigo jornalista Carlos Petrocilo, especialmente para a matéria "O Terrão Sai de Campo", veiculada na edição de dezembro do ano passado, na revista Roxos e Doentes.

Quem inaugura o primeiro bate-papo é o volante Elias, do Timão. Muitos varzeanos devem conhecê-lo antes mesmo de brilhar com a camisa 07 do time mais popular de São Paulo. Já para os mais desavisados, o corintiano cansou de suar a camisa nos campos de terra da nossa querida várzea.


Carterinha do jogador na época em que era um dos atletas inscritos na Copa Kaiser

Acompanhe este papo descontraído com Elias:

Contos - Onde e em qual período você jogou na várzea paulistana?

Elias - Joguei praticamente a vida toda. Primeiro antes de ser profissional e, depois, num tempo em que parei de jogar profissionalmente, quando as coisas não andaram muito bem na minha carreira.

Contos - Atualmente, alguns campos da várzea estão ganhando grama sintética, como você analisa essa mudança?

Elias - Eu não gosto muito. Claro que o campo fica melhor, com menos burraco, mas perde muito daquilo que te faz aprender na várzea, que são as dificuldades do campo. E também o jogo no sintético fica muito rápido,a bola pinga demais.

Contos - Você acha que isso pode prejudicar, roubando a imagem da várzea, ou só tem a melhorar?
Elias - Não acho que vá mudar a imagem, mas acho que perde um pouco da mistíca.



Raça no terrão: Elias disputando a bola pela equipe do Leões da Geolândia (o time foi vice-campeão da Kaiser em 2006)

Contos - O que você mais recorda de jogar na várzea?

Elias - A parceria, as amizades que se faz. Apesar das dúvidas, era um tempo muito gostoso.

Contos - Como era a época em que você jogava na várzea? Os jogos eram muito duros?

Elias - Pô, sempre. Tem muito cara fera jogando lá. O jogo é sempre dificil, tem aquela pegada forte, os caras chegam mesmo.

Contos - Quais as coisas que você absorveu da várzea e que te ajudaram quando chegou ao futebol profissional?

Elias - Muito do domínio de bola vem desse tempo. Porque a bola vem mais viva, e você precisa dominar bem para ficar com ela. Além disso, você também vê o amor que os caras tem pelo futebol. Jogam por prazer mesmo e fazem daquilo a vida deles.