quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Eu prometi, mas sei que demorou. Ta aí o vídeo que gravei com os parceiros Orêia e Fumaça, lá no Campo do Palmeirinha, em Paraisópolis, Zona Sul ou Oeste (nunca sei) de Sampa.
Você sabe que eles fazem um duelo anual entre torcedores to Timão e do Tricolor? Não? Então dá uma zoiada no vídeo que eles explicam como funciona essa parada.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Botafogo e a nova sede
Nesse dia de sol, que favoreceu muito pras fotos, fui conhecer a nova sede da rapaziada, que foi inaugurada dia 21 de abril deste ano.
- Aproveitamos e comemoramos os 55 anos do nosso time - esse é Itamar, o presidente da estrela solitária do bairro
Se liga na fachada. Já tem o nome do time, toda personalizada e com o toque especial. As fitinhas verde e amarelo remanescentes da Copa misturadas com as rabiolas da molecada que aproveita as férias de julho pra soltar pipa.
Essa é a primeira parte da sede, a histórica. Ali, o pessoal reuniu os troféus, fotos e recortes de jornais. É o que chamo de Museu do Futebol da várzea. Atenção pessoal do Museu... vamos integrar essa história varzeana aí no Pacaembu, né!?!
A segunda parte não está pronta. Mas o Itamar me levou lá e contou que aqui vai ser uma parte da sede que terá banheiros, um palco para palestras e atividades culturais. Ah é, e vai ter outro andar para criançada jogar um pebolim e o pessoal do time fazer a aquele churrasco na laje. Coisa fina (como diria Itamar).
- Você está vendo esse campo aí (tô). Era um lago grande. Eu pescava peixe, a maioria lambari. (segura o choro). É... eu garantia a mistura da janta lá em casa - quem me falou foi o sábio de óculos Mimi. Cheio de histórias e contos.
Valeu rapaziada do Bota e todos de Guaianases. Ah é, essa história será contada neste sábado (24 de julho) no jornal MAIS. Passa na banca lá pra dá uma 'zoiada'.
E fique com esse aperitivo. O Neto (tá de brrrrrrincadeirrrra) quando jogou pelo Bota num jogo beneficente.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Tenho novidades! Hoje entra no ar a coluna "Quem conta um conto..."
Colocarei no ar as entrevistas colhidas por mim (Rafael Dantas) e meu amigo jornalista Carlos Petrocilo, especialmente para a matéria "O Terrão Sai de Campo", veiculada na edição de dezembro do ano passado, na revista Roxos e Doentes.
Quem inaugura o primeiro bate-papo é o volante Elias, do Timão. Muitos varzeanos devem conhecê-lo antes mesmo de brilhar com a camisa 07 do time mais popular de São Paulo. Já para os mais desavisados, o corintiano cansou de suar a camisa nos campos de terra da nossa querida várzea.
Carterinha do jogador na época em que era um dos atletas inscritos na Copa Kaiser
Acompanhe este papo descontraído com Elias:
Elias - Joguei praticamente a vida toda. Primeiro antes de ser profissional e, depois, num tempo em que parei de jogar profissionalmente, quando as coisas não andaram muito bem na minha carreira.
Contos - Atualmente, alguns campos da várzea estão ganhando grama sintética, como você analisa essa mudança?
Elias - Eu não gosto muito. Claro que o campo fica melhor, com menos burraco, mas perde muito daquilo que te faz aprender na várzea, que são as dificuldades do campo. E também o jogo no sintético fica muito rápido,a bola pinga demais.
Contos - Você acha que isso pode prejudicar, roubando a imagem da várzea, ou só tem a melhorar?

Raça no terrão: Elias disputando a bola pela equipe do Leões da Geolândia (o time foi vice-campeão da Kaiser em 2006)
Contos - O que você mais recorda de jogar na várzea?
Elias - A parceria, as amizades que se faz. Apesar das dúvidas, era um tempo muito gostoso.
Contos - Como era a época em que você jogava na várzea? Os jogos eram muito duros?
Elias - Pô, sempre. Tem muito cara fera jogando lá. O jogo é sempre dificil, tem aquela pegada forte, os caras chegam mesmo.
Contos - Quais as coisas que você absorveu da várzea e que te ajudaram quando chegou ao futebol profissional?
Elias - Muito do domínio de bola vem desse tempo. Porque a bola vem mais viva, e você precisa dominar bem para ficar com ela. Além disso, você também vê o amor que os caras tem pelo futebol. Jogam por prazer mesmo e fazem daquilo a vida deles.