terça-feira, 30 de junho de 2009

Direto do Terrão - Na várzea, amarelinha caiu

Opa rapaziada da várzea. É o seguinte. Emplacamos mais um espaço para divulgar nosso amado futebol amador. Um "valeu" à equipe do site FutNet que nos convocou para fazer parte da seleção de colunistas de mais esse portal respeitado do esporte.
Toda semana, um texto novo, hein! E será postado na íntegra aqui, no Contos da Várzea.

Os amarelinhos do "Considera" - foto retirada do orkut do técnico do time

Na várzea, amarelinha caiu

Acordei cedo para mais um dia de filmagem nos terrões. A primeira parada foi na pracinha do bairro onde todo o time e torcedores se encontram antes de seguirem em romaria para o campo.

Antes do jogo de várzea, cada um precisa falar o nome para o mesário. Foto: Diego Viñas

O clima no Consideração Futebol & Samba era um tanto de "desesperança". Alguns se animavam com os gols de Espanha e África do Sul, na disputa de 3º lugar da Copa das Confederações que passava na TV do barzinho de esquina. No fundo, a certeza de que a classificação seria muito difícil naquele início de tarde fria.

"Êh! Considera, minha vida é você", grita a torcida - foto retirada do orkut do técnico do time

Em campo, a torcida bem que tentou ajudar o time de amarelo. Mas do outro lado estavam os atuais campeões daquela que é uma das mais importantes competições da cidade. Eram os azuis do Nós Travamos. Ah é... ambos são da zona sul da capital paulista.

O primeiro tempo de 35 minutos (porque é assim em jogos de várzea) foi o suficiente para o Nós Travamos cravar a eliminação do "Considera" , como gritava a torcida que emocionou. Os 3 a 0 fulminantes da primeira etapa foi também o resultado final da partida.

Fim do jogo. Fim do sonho! - foto retirada do orkut do técnico do time

Diferente aconteceu com a amarelinha brasileira na África do Sul, você viu, né? Primeiro tempo bem parecido. Também saiu perdendo feio. Dessa vez, a rapaziada de amarelinha do terrão chorou, e teve que se contentar com a amarelinha nacional no fim da tarde. Nada como uma boa dose de ânimo pra continuar na luta.

Confira outros textos do Direto do Terrão

sábado, 27 de junho de 2009

Vida Loka é campeão da 2ª Copa da Paz

Troféu erguido e festa da galera do Vida Loka

Mesmo com a chuva que insistia em cair em São Paulo na tarde deste sábado, a bola rolou no campo do Palmeirinha, em Paraisópolis, para a grande final da 2ª Copa da Paz entre Vida Loka e Bate Fácil.

A partida preliminar, que decidiu o 3º lugar entre Jd. das Palmas e Portuguesa, terminou em goleada. Com toque de bola envolvente no meio campo e um ataque arrasador, a Portuguesa foi pra cima do Jd. das Palmas e, no primeiro tempo, abriu 4 a 0. Isso mesmo, não errei não, pode acreditar.


No segundo tempo o Jd. das Palmas esboçou reação e fez seu gol. 4 a 1. Mas a Portuguesa continuou no ataque e marcou mais 2 gols. Fim de jogo, 6 a 1 pra Lusinha e 3º lugar garantido.

Fogos, batucada nas arquibancadas, entrada rápida das baterias do Vida Loka (Jd. São Luiz) e Bate Fácil (Jd. Sto Eduardo - Embu) em campo, mais batucada e chegou a hora de decidir o campeão da 2ª Copa da Paz.

Bate Fácil - Jd. Sto Eduardo: muita garra em campo


Zé Maria, ex-Corinthians, presente na abertura da Copa para o chute inicial, novamente estava lá pra dar o primeiro toque na bola e sair de cena. Agora sim, tudo pronto pra o jogo. Apita o árbitro.


Vida Loka: título veio nos pênaltis pelas mãos de Franciel


Um início cauteloso de ambas as equipes. O Vida Loka tomou iniciativa nos primeiros minutos, mas o Bate Fácil equilibrou o jogo. Falta pela direita, no ataque do Vida Loka. O meia Paraíba bateu com estilo e mandou a bola no travessão, provocando euforia na torcida do Vida Loka. Dividindo a arquibancada, separadas apenas por um fina corda, as torcidas só queriam saber de festa e agitaram o tempo todo empurrando seus times.


Jogada rápida pela esquerda e num chute forte, cruzado, o Bate Fácil quase abriu o placar. Franciel defendeu na ponta dos dedos e a bola ainda tocou a trave antes de sair em escanteio. Jogo pegado, muitas faltas e dois cartões amarelos no primeiro tempo. Um para cada equipe.


No segundo tempo, 35 minutos para conhecer o campeão e tome correria. Vida Loka começou no ataque e em descida pela direita, o atacante deu um chapéu no zagueiro, cortou outro e bateu forte no canto esquerdo. Rodolfo defendeu e no rebote a zaga do Bate Fácil afastou o perigo. Como no primeiro tempo, o jogo continou com muita marcação e as equipes se alternando no ataque.


Os gols


Ataque veloz do Vida Loka aos 32 minutos. O lateral esquerdo foi à linha de fundo e cruzou na medida para o centroavante Heran cabecear e encobrir o goleiro Rodolfo. Golaço!!! Heran havia acabado de entrar e tinha prometido que faria o gol. Vida Loka 1 a 0. Na comemoração Heran tirou a camisa, atravessou o campo, foi pra galera e o "juizão" Rodolfo aplicou o cartão amarelo nele.


Na saída de bola o Bate Fácil foi com tudo e, na base do toque de bola de pé em pé a redonda chegou limpa para Pedrão, que chutou com violência e empatou a partida aos 34. Outro golaço e festa nas arquibancadas. Com o fim da partida se aproximando, as equipes nem deram bola pros 4 minutos de acréscimo do árbitro e trataram de segurar o empate. Fim de jogo e a decisão foi para as penalidades.


Eficiência não faltou. Os goleiros Franciel, do Vida Loka, e Rodolfo, do Bate Fácil, bem que tentaram defender mas os cobradores não deram sopa pro azar. Teve chute no ângulo, paradinha, "bomba" no meio do gol e até chute no ar e depois a conclusão para o gol, a la Valdivia, cobrado pelo jogador do Vida Loka. Nesse lance o time do Bate Fácil chiou barbaridade e foi pra cima do árbitro, mas o goleirão Rodolfo tratou de afastar o auxiliar técnico Paulinho e mais dois jogadores que foram reclamar do lance. Rodolfo, o árbitro, confirmou o gol.


As cinco penalidades foram convertidas pelas duas equipes e a partir de então, as cobranças seriam alternadas. Apreensão e silêncio na arquibancada e ao redor do campo, principalmente atrás do gol das penalidades.


Mais gols e os goleiros tentando pegar algum e garantir o título, porém, a disputa parecia não que não teria fim. Depois de dez penalidades convertidas foi a vez dos goleiros. Franciel, 17 anos, na sua primeira final, segundo ele, cobrou primeiro, firme no canto esquerdo de Rodolfo e abriu vantagem. Os goleiros se cumprimentaram e foi a vez de Rodolfo ir pra bola. Silêncio em Paraisópolis.


O árbitro apitou, Rodolfo foi pra bola, ameaçou chutar e Franciel saltou pro lado esquerdo. Ele só rolou a bola, fraquinha, no canto direito do goleiro. Franciel se levantou rapidamente e voou pra bola, alcançado-a com a ponta dos dedos e defendendo a cobrança de Rodolfo. E fim de papo. Festa nas arquibancadas e o garoto Franciel, de apenas 17 anos, saiu como o herói do jogo.


Vida Loka é campeão!!!

A Dreher, patrocinadora do evento, distribuiu prêmios em dinheiro: 8 mil reais para o campeão Vida Loka, 3 mil para o vice, Bate Fácil e mil reais para a Portuguesa, terceira colocada na Copa. Churrasco e festa garantidas nas comunidades. Mano Brown, dos Racionais MC's estava lá prestigiando a final e foi presenteado com a camisa do Vida Loka.

Confira mais fotos aqui

Em breve, confira também as entrevistas dos técnicos, jogadores e organizadores, em áudio.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Museu do Futebol e Memofut convidam

Palestra: As Grandes Decisões da Copa do Brasil Aberto ao Público
Local: Auditório Armando Nogueira - Museu do Futebol - Estádio do Pacembu
Dia 25/06/2009 - próxima 5ª feira
Horário: 19 horas

Descrição: Em meio às finais da Copa do Brasil, o Museu do Futebol e o Memofut-Grupo Literatura e Memória do Futebol, promovem a palestra que discutirá fatos, estatísticas e curiosidades que envolveram as 20 finais de Copa do Brasil, considerado o segundo torneio de futebol mais importante do país na atualidade e o único que envolve todos os estados. Palestrantes: José Renato Santiago Jr. e Marcelo Unti, membros do MemoFut e estudiosos do futebol.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ronaldo: "É praticamente uma várzea"



Vejam só que interessante a declaração do nosso querido fenômeno. Ele comparou a várzea com a falta de organização encontrada no estádio Serra Dourada, em Goiás, no embate do último domingo entre Corinthians e Goiás. Eu já joguei na várzea e, de vez em quando ainda dou minhas pernadas por lá. Na minha opinião, não há falta de organização no terrão, mas sim, falta de investimento, fator que a torna precária, mas não esculhambada. Você, meu caro leitor, que já teve a oportunidade de acompanhar a um embate da Copa Kaiser ou Brahma ao vivo, acha realmente que não há organização nesses eventos? E você que joga suas peladas “amistosas” aos finais de semana, acha mesmo que existe tanta bagunça assim? Qual sua opinião sobre a nota? clique aqui e leia a declaração de Ronaldo...

domingo, 14 de junho de 2009

Achei no orkut

O pessoal do perfil da Copa Kaiser atualizou o orkut deles. E olha que bem louco o que eles fizeram. Colocaram fotos de todos os campeões da competição. Sensacional! Esses são os atuais.


Nós Travamos - Campeões em 2008 (foto retirada do álbum de fotos do orkut da Copa Kaiser)

Danúbio- Campeões em 2007 (foto retirada do álbum de fotos do orkut da Copa Kaiser)

Agora, se liga nas relíquias que têm por lá também!

Boa Esperança - Campeões em 1996 (foto retirada do álbum de fotos do orkut da Copa Kaiser)

Paulistano - Campeões em 1995 (foto retirada do álbum de fotos do orkut da Copa Kaiser)

domingo, 7 de junho de 2009

Torcida não vence jogo

Todo corintiano e flamenguista sabe que, apesar da enorme torcida, nem sempre estádio lotado garante uma vitória. Na várzea, neste domingo, aconteceu algo parecido. Na verdade foi algo como a invasão da torcida do Corinthians no Maracanã contra o Fluminense em 1976.

Torcida de várzea é assim: chega batucando no meio da rua, sem desafinar - Por Diego Viñas

Era umas 12h quando a torcida do Consideração Futebol e Samba, do Campo Grande, parava na esquina do campo do Caldeirão do Iporanga, zona sul de São Paulo. Depois de esperar todos descerem do ônibus, juntos, desceram a ladeira que levava até o campo de gramado sintético. Muito barulho, todo mundo olhando, colocando muito respeito.


Campo "Caldeirão do Iporanga", zona sul de SP: meio sintético, meio borracha - Por Diego Viñas

Mas apesar da festa, nem sempre torcida vence o jogo. Quem deu o grito mais alto dessa vez foi a pequena torcida do Tutu Futebol Clube que, com muita força e garra, bateu o adversário por 3 a 1. Ouça um trecho de uma reflexão que fiz logo na saída do campo, com sangue quente à flor da pele.




Torcida nao vence jogo.mp3 - Diego Viñas