domingo, 8 de junho de 2008

O dia em que a zaga parou: apresentando os personagens

Para começar o time nem nome tinha. Ainda, salientava sempre os meninos; uns 8 amigos que fizeram curso juntos, mais alguns agregados encontrados pelo caminho. Na escola quase todo mundo ia mal - quem ainda não tinha desistido, claro - mas no campo do Jardim Maria Sampaio todo mundo era nota 10. Ou quase. O jogo de camisas, pego emprestado, era branco, com detalhes em azul e vermelho. Após cada jogo, claro, perdia totalmente estas cores, tornando inválida descrição feita por mim acima. Resumindo, o que fiz foi só perder uma linha no espaço deste blogue. Na verdade, verdade mesmo, eles até então jogavam com um uniforme laranja, ruim demais, mas que lembrava muito a holanda, e como a estatura média do time era de 1m65, o fato de lembrar um grande time poderia assustar alguém. E mesmo assustou, mas os candidatos a técnicos; um para ser exato. Quem conseguiu foi o Rodrigo, zagueiro do time (1m62). Me esqueço agora o nome dele, do técnico, mas o que importa aqui é dizer que ele até manjava de futebol, dava umas orientações interessantes táticamente. Foi uma pena a gente somente saber disso, já que os nossos jogos eram domingo à tarde, e domingo à tarde, na zona sul, é "Pingas Day", e o coitado ficava impossibilitado de ajudar alguém. Um certo dia tudo isso começou a mudar. o jogo foi domingo pela manhã; 9 horas (nota do autor: e nem por isso "Técnico" foi). Como o uniforme laranja fora confiscado (isso é uma outra história), o time pegou emprestado um outro jogo de camisas; branco. Porém as camisas vieram com um diferencial; a dona delas deveria jogar. Cristiane, popularmente Cris. Linda. Loira. Olhos verdes claros. Cabe aqui dizer que ninguém aceitou de imediato esta exigência absurda - uma mulher no time, onde já se viu?!? Só aceitamos depois de uma reunião entre os membros do time; tá certo que a reunião não durou mais que dois minutos, já que o Jean veio com um argumento irrefutável; se não aceitássemos esta condição, poderíamos nos preparar para pintar o número da camisa nas costas, na pele mesmo. Ninguém mais tinha jogo de camisas no bairro.
PS: esta história continua no próximo domingo. Se eu fosse você, como este time sempre fez, não perderia. Até lá. E grande semana.

Nenhum comentário: