Naquela cidadezinha mineira, o fascínio pelo futebol era geral. Aos domingos, era de lei assistir aos jogos do Expressinho, nome dado em homenagem ao Expresso da Vitória, time inesquecível do Vasco e paixão do seu fundador.
Farmacêutico aposentado, seu Miranda era o técnico, médico e psicólogo do time, conhecido na região pela capacidade de reverter resultados aparentemente impossíveis. Várias eram as histórias contadas sobre viradas inesquecíveis, após suas preleções no intervalo.
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Naquele domingo, sol de 42 graus, a coisa não estava indo bem para o Expressinho. Terminado o primeiro tempo, o placar apontava 2 x 0 para os visitantes.
Portas fechadas no vestiário, o técnico se reunia com seus atletas, tentando mais uma heróica façanha. De repente, um alvoroço. É o massagista, batendo à porta:
- Que tumulto é este?
- É dona Xica, seu Miranda! Está correndo feito louca, dando volta olímpica no campo com a camisa na cabeça, como o Rivaldo...
- Mas, o que houve?
- Ela estava com muito calor e eu fui ao vestiário e dei a ela um copo de suco. - Daquele que o senhor costuma dar pros jogadores...
- Nossa Senhora! Mamãe está dopada!
*conto retirado do site causosdabola.com.br
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