"O futebol de várzea é um lugar onde o morador do bairro é reconhecido socialmente", Jornalista Cid Barboza
Infelizmente, a única certeza que temos na vida é a morte. E todos nós sabemos como funciona esse triste ciclo. Nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. Com o jogador de futebol não é diferente. Atrevo-me dizer que é até pior. Explicarei melhor ao longo de minha explanação. Isso acontece com a maioria dos jogadores nascidos na Várzea. Muitos são descobertos jogando em campo de terra batida, suando a camisa pelos times varzeanos em seus bairros. Pois bem, são descobertos. Alguns vão para times de ponta e viram ídolos, outros vão para times modestos e não alcançam a fama, o estrelato e tudo mais. Entretanto, uma coisa eles têm em comum. O mesmo destino após a curta carreira de jogador de futebol. Todos, sem exceção, voltam a jogar na várzea. É um vício que não largam. Talvez para amenizar a dor de tempos atrás, quando entravam em campo e eram ovacionados. Uns para o bem, outros hostilizados, mas ovacionados. Umas das coisas que percebi durante a gravação do “Contos da Várzea”, é que o ciclo da vida para eles é muito mais cruel, pois jogador de futebol morre duas vezes. Quando para de jogar e quando é posto dentro do caixão. Esse é o ciclo da Várzea.
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