O futebol de várzea é belo e simples. A beleza da simplicidade em estado puro. A sobrevivência da arte em meio à precariedade de recursos. Onde a vida se resume a uma bola e alguns jogadores. O resto é improviso. Assim como este texto, embargado de emoção. Um riscado de ponta direita amador. Sem rumo certo. Que só almeja a graça do drible certeiro. Que nasceu para pagar o ingresso e agradecer a torcida.
E com essas palavras sinceras, rabiscadas em prosa genuinamente varzeana, agradecemos a todos os boleiros. Estamos fazendo um ano de Contos da Várzea com o passe magistral do seu acesso ao nosso blog. Como se fosse a canhotinha de ouro buscando o peito do rei na copa de 70.
E como o vulto das canelas finas dribladas, quem passa dessa vez é o tempo. Mas a história permanece viva. E a paixão pela bola e pelos terrões continua a mesma. Ajeite os meiões surrados e amarre as chuteiras desdentadas. O jogo só começou!
Grande abraço de toda a equipe Contos da Várzea!