sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O bicho pegou e ele não aguentou!

Salve rapaziada do terrão!

Antes de qualquer coisa, gostaria de esclarecer que a intenção deste conto não é manchar a imagem de nenhum atleta/ex-atleta. Mas, como a função de todo jornalista é retratar a verdade, por mais cruel que seja, eis mais um conto para vocês. E esta história foi contada para mim e meu amigo jornalista, Evandro Barbosa.

O caso aconteceu na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. O jogo era, até então, o mais importante da história do Esporte Clube Vida Loka: final da Copa Kaiser de 2008.
Para a partida, a comissão técnica teria à disposição todo elenco, os melhores jogadores, aqueles que suaram a camisa durante o torneio para chegar a esse momento tão especial. O regulamento ajudava, abria (abre) exceções para os finalistas inscreverem alguns jogadores para o jogo decisivo.

Foi aí que alguém, não se sabe quem ao certo, teve a idéia de convidar um ex-atleta, atacante com passagens pela Ponte Preta (Campinas) e Corinthians, para defender as cores do Vida Loka. Reforço de peso para um momento ímpar. Pelo menos era o que se esperava.

O campo do Nacional, que fica na rua Comendador Souza, em frente ao CT do São Paulo e Palmeiras, estava lotado, para variar.
A bola rola. As atenções e esperanças de gols estavam concentradas no matador, cujo apelido é um misto do nome próprio e uma raça de cachorro das mais ferozes que existem. A verdade é que ninguém esperava que o goleador fosse a salvação da pátria, mas, para quem já enfrentou o Pacaembu lotado, o campo do Nacional seria “uma teta” – gíria entre os boleiros.

Pois é, mas o enredo não foi bem assim. O craque sentiu a pressão que a várzea exerce sobre seus adeptos. E ele sucumbiu. Quem estava presente não acreditava no que estava vendo. Ele errou um pênalti e perdeu um gol na cara.

O pessoal do Vida Loka ficou muito louco com a situação que acabara de acontecer, pois a performance do ex-jogador colaborou para perda do título. Como acontece em toda equipe, ele não foi principal responsável pela perda do título, mas, talvez, fosse o mais famoso em campo naquele dia. Aí já viu.

Resultado: ele saiu de campo cabisbaixo e frustrado. Assim como ocorre nas grandes equipes, a torcida da Brasilândia não perdoou, soltou o verbo sem dó.
Dizem que, depois desse jogo, o atacante nunca mais deu as caras por lá. E ainda foi homenageado numa foto estampada na sede do Vida Loka. Veja abaixo:


Foto estampada na parede da sede do Vida Loka: o atacante ganhou um 'X" para esconder seu rosto


É amigo, a várzea também apronta das suas. Não é mole não!

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