Em campo o time da casa - “Bate Fácil” contra o visitante, o “Vai Quem Quer”. Os anfitriões não perdiam um jogo há quase sete meses. A partida era válida pelo campeonato do bairro e, como se diz na várzea, o bicho vai pegar.
Justo naquele dia, um importante político resolveu fazer uma visita na cidade, que era humilde e pequena. Por causa disso, a maioria dos policiais que estavam encarregados pela segurança do jogo foi fazer a escolta deste político. Pois bem, o jogo começou e, como é de praxe o árbitro já tinha recebido alguns avisos para ficar de “olhos abertos”, pois o time da casa não poderia perder em hipótese nenhuma. E o coitado todo preocupado, é lógico.
Jogo começa, pega daqui, pega de lá, os visitantes dominam o jogo, para preocupação do juiz que teme pelo pior. Dito e feito. O atacante do Vai Quem Quer dribla o zagueiro e cai. Pênalti claro! Que nada, o juizão fingiu que nem era com ele. O Capitão dos visitantes se aproxima e fala:
Pô professor, quer nos complicar?
Quero não rapaz, espere e verá!
O primeiro tempo termina OXO e as reclamações rolam soltas.
Começa a segunda etapa. Quase vinte minutos de jogo, o bandeirinha sinaliza para o juiz e fala:
-Me disseram que os policiais que estavam trabalhando na escolta do político chegaram.
-Ah é?!
O juiz corre para dentro da área e aponta na cal, PÊNALTI! Como assim? Tá louco professor? A bola está lá do outro lado! Grita o capitão do Bate Fácil.
-Não estou não! Esse é o pênalti cometido no primeiro tempo. Só não apitei por causa que não tinha segurança suficiente para garantir a minha integridade física. Põe a bola aí e bate.
O atacante dos visitantes bateu e marcou. O Jogo terminou Bate Fácil Ox1 Vai Quem Quer.
Já o juiz, nem sei o que aconteceu com ele após a partida.
Essa história foi contada pelo meu avô, Sr Djalma, muito boa!
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